terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

F.E.A.R. 3

Análise: F.E.A.R. 3

PONTOS POSITIVOS
Ambientação sinistra
Inimigos inteligentes
Desafios extras
Campanha cooperativa
Variedade no multiplayer

PONTOS NEGATIVOS
Curta duração
Linear demais

CONSIDERAÇÕES

A Warner Bros. e o Day 1 Studios fizeram um bom trabalho em "F.E.A.R. 3", entregando um jogo de tiro que combina de maneira excelente tiroteios desafiadores e uma ambientação digna das melhores histórias de terror. Apesar da curta duração da aventura, o desafio elevado, coisa rara nos games atuais, vai agradar aos jogadores mais dedicados. O jogo oferece uma boa campanha cooperativa e algumas modalidades multiplayer que podem prolongar um pouco mais seu tempo de vida, mas os sustos de "F.E.A.R. 3" são melhor aproveitados jogando sozinho, no escuro e com o volume alto.

INTRODUÇÃO

Com a supervisão do diretor John Carpenter nas cenas animadas, "F.E.A.R. 3" recupera o clima de terror do primeiro jogo, que tinha ficado meio de fora no último jogo da série, lançado em 2009. O jogo traz de volta a Inteligência Artificial desafiadora, efeitos de câmera lenta e um sistema de cobertura aprimorado. "F.E.A.R. 3" inova a série com um bom modo cooperativo e avança a trama sinistra de Alma, Point Man e Paxton Fertel.
PONTOS POSITIVOS
Ambientação sinistra
"F.E.A.R. 3" é um jogo de tiro em primeira pessoa, mas que preza por uma atmosfera sinistra. Sangue e cadáveres não faltam, com vísceras expostas e outros elementos grotescos, mas isso é apenas a moldura para o verdadeiro terror do game: o Day 1 Studios, junto com o diretor John Carpenter - de "A Cidade dos Amaldioçoados", "Eles Vivem" e "À Beira da Loucura" - consegue resgatar os sustos do primeiro "F.E.A.R.", tanto nas sequências animadas quanto em rápidas passagens durante a ação, com uma combinação de suspense e efeitos sonoros excelentes.

O game é um encontro de família, mas não do tipo agradável: Point Man é uma aberração e Fettel, seu irmão, um espírito que voltou dos mortos. E Alma, sua mãe, está mais maligna do que nunca. A história, dirigida por Carpenter, é um dos pontos altos de "F.E.A.R. 3" e vale ser acompanhada com atenção. Nesse aspecto, as legendas em português são muito bem vindas.
Inimigos inteligentes
A Inteligência Artificial sempre foi um destaque na série "F.E.A.R." e no terceiro jogo não é diferente: os inimigos são espertos e se valem de todos os recursos disponíveis no cenário: jogam granadas, trabalham em equipe, tentam pegar o jogador pelos flancos e usam cobertura para se proteger. Na dificuldade mais elevada, o desafio de "F.E.A.R. 3" é de arrancar os cabelos dos jogadores desavisados.
Desafios extras
Durante o combate, Point Man pode usar coberturas do cenário, seu poder de câmera lenta e alguns golpes especiais, que são adquiridos conforme sobe de nível. A progressão envolve ganhar pontos cumprindo desafios extras, como permanecer determinado tempo em câmera lenta, matar uma certa quantidade de inimigos com cada arma, acertar tantos tiros na cabeça ou coletar impressões psíquicas em cadáveres escondidos pelo cenário, entre outras opções.

Não é preciso cumprir esses desafios, mas além de tornar a partida mais interessante, o aumento de poder liberado ao evoluir é um ótimo incentivo para explorar todas as possibilidades do jogo.
Campanha cooperativa
Na campanha cooperativa de "F.E.A.R. 3", que pode ser aproveitada tanto via internet quanto em tela dividida, cada jogador controla um dos irmãos: jogar com Point Man é idêntico ao modo para um jogador, você atira, usa cobertura, joga granadas e tudo mais, como em qualquer outro jogo de tiro. Fettel, por outro lado, é uma espécide de polstergeist, um espírito maligno capaz de possuir os soldados inimigos e disparar bolas de fogo, entre outros poderes. Infelizmente, quem joga com ele fica sem o poder de câmera lenta.

Vale notar, é possível jogar com Fettel mesmo no modo para um jogador, terminando a campanha uma segunda vez - e vendo assim a história completa de "F.E.A.R. 3" - mas, sem o efeito de câmera lenta, as coisas ficam bem mais difíceis. Mesmo com seus poderes mágicos e sua habilidade de possuir os inimigos, o personagem parece mais apropriado para o modo cooperativo.
Variedade no multiplayer
Ainda que o principal modo de jogo de "F.E.A.R. 3" seja sua história, há uma boa variedade de modalidades multiplayer. Em "Soul King" você compete com outros jogadores e contra a máquina para conquistar a maior quantidade de almas possíveis; já em "Soul Survivor", o objetivo é transformar os outros 3 jogadores em espectros. "F*cking Run" é uma modalidade inspirada em "Left 4 Dead": os jogadores enfrentam ondas de inimigos ao mesmo tempo em que uma muralha mortal avança pelo mapa. Pior ainda, os inimigos conseguem reviver companheiros caidos, o que obriga os jogadores a fugir constatemente. Já "Finally Contractions" é similar ao modo zumbi de "Call of Duty: Black Ops": os jogadores precisam defender uma área com barricadas e sobreviver ao avanços dos inimigos pelo tempo que conseguirem.
PONTOS NEGATIVOS
Curta duração
"F.E.A.R. 3" é um jogo divertido e desafiador, mas termina rápido. Dá para atravessar o game em cerca de 10 horas, dependendo da habilidade do jogador e do nível de dificuldade escolhido. Para prolongar a brincadeira, você pode jogar uma segunda vez controlando Fettel ao invés de Point Man, ou optar pela campanha cooperativa. O jogo também oferece um modo multiplayer competitivo, mas dificilmente vai garantir a longevidade do game ou a formação de uma boa comunidade de jogadores, em um ano que conta com um novo "Battlefield" e "Call of Duty: Modern Warfare 3" despontando no horizonte.
Linear demais
O maior mérito de "F.E.A.R. 3" é sua história e ambientação, sem dúvida. Porém, para manter o jogador nos trilhos e garantir o suspense e o "timing" necessários para contar a saga de Alma, Point Man e Fettel, o game se torna muito linear, com fases que muitas vezes não passam de longos corredores, com raras exceções. Os combates garantem que o ritmo do jogo se mantenha interessante, mas a exploração dos cenários é mínima.

Prévia: F.E.A.R. 3

"F." fez muito sucesso por unir um belíssimo jogo de tiro com momentos de intenso terror. A fórmula deu certo e o terceiro episódio traz uma grande desafio: a adição de um modo cooperativo não influenciar o clima assustador.

Assim, a grande novidade de "F. 3" é o modo que permite jogar toda a história cooperativamente. Para continuar dando sustos - agora em duas pessoas -, a produtora resolveu fazer diferente.

A saída foi unir dois personagens bem conhecidos do episódio original: Point Man and Paxton Fettel. Point Man é um supersoldado e foi protagonista de "F". Sua missão, na época, era matar Fettel, um bruxo que estava assassinando gente inocente com seus poderes sobrenaturais. O que tornou essa missão um pouco mais complicada era o fato dos dois serem irmãos.

Após cumprir seu objetivo, Point Man começou a ser atormentado pelo fantasma do irmão. Em "F. 3" ambos cooperam para encontrar Alma, a misteriosa garota por trás dos maiores mistérios da série. Fazendo o papel de antagonista e parceiro, Fettel acompanha seu irmão por toda a aventura, usando poderes paranormais para ajudá-lo.

Os produtores da Day 1 Studios, também responsáveis pelo primeiro jogo da série, criaram desafios que precisam ser superados com a cooperação entre os dois irmãos. Point Man pode, por exemplo, fuzilar monstros enquanto Fettel os segura no ar com seu poder psíquico. Da mesma forma, o fantasma pode criar uma explosão quando seu irmão usa a habilidade de câmera lenta. Fettel pode, ainda, enxergar locais que seu irmão de carne e osso não consegue, criando uma necessidade de comunicação entre ambos.

Por ter sido produzido por um estúdio diferente, a Monotlith, "F. 2" empresta muito pouco a essa continuação. Mas uma das heranças é o uso de robôs gigantes (também conhecidos como Mechas) para aumentar o poder de fogo contra adversários mais complicados e abrir caminho para prosseguir em alguns cenários mais abertos.

Em vários momentos durante a aventura, flashbacks mostram cenas assustadoras dos dois irmãos ainda quando crianças. Em certo momento, ambos estão caminhando por uma fase quando, de repente, a tela muda para uma floresta escura com um grotesco carrossel. Um ponto interessante é que ao jogar novamente as fases, os momentos de sustos e alucinações acontecem em instantes diferentes e aleatórios.

São momentos como esse que prometem fazer de "F. 3" um jogo tão assustador quanto o primeiro - mesmo que com dois jogadores.

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